Publicado em 19/10/2020
A osteoporose é uma doença crônica, multifatorial e assintomática, que ocorre quando há uma diminuição progressiva da massa óssea, fazendo com que os ossos se tornem frágeis e propensos às fraturas.
É considerada um problema de saúde pública mundial, que aumenta com o crescimento e envelhecimento da população. É uma das principais causas de morbimortalidade em idosos, além da inabilidade física e diminuição da qualidade de vida.
Quem são os acometidos pela osteoporose?
Os mais acometidos são idosos e, principalmente mulheres na pós-menopausa, devido à redução de hormônios sexuais, mas além destes, herança genética, dieta inadequada, falta de vitamina D, uso de tabaco e álcool e vida sedentária são também fatores de risco.
Uma pequena porcentagem da população pode ser acometida por motivo secundário, que ocorre em pessoas com doença renal, hepática, endócrina, hematológica ou que fazem uso de corticoides.
Prevenção da osteoporose
O objetivo principal da prevenção e do tratamento é evitar as fraturas, que ocorrem mais comumente em locais como coluna, punho, braço e quadril. Porém, esta é a prevenção secundária, pois neste momento a osteoporose já se instalou.
A prevenção primária se dá por medidas necessárias como alimentação adequada, prática de exercícios físicos e hábitos de vida para um envelhecimento mais saudável evitando e/ou minimizando as consequências da osteoporose.
Estas medidas preventivas são necessárias ainda na infância e adolescência, quando a massa óssea está se formando, porém é fundamental saber o porquê da perda da massa óssea.
A perda da massa óssea pode se dar por falta de nutrientes na alimentação e também pela excreção urinária dos mesmos. Ou seja, tão importante quanto a entrada é evitar a eliminação dos nutrientes. Há alguns fatores que favorecem aumentar a excreção urinária do cálcio, que são, em excesso: cafeína, sódio, açúcar, proteína animal, gordura e aditivos químicos.
Alimentos para osteoporose
Quando se fala em alimentação para prevenção da osteoporose, logo vem à mente o leite por ser rica fonte de cálcio. Sim! Leite é rica fonte de cálcio, mas temos cálcio também em muitos outros alimentos (veja lista abaixo). O cálcio é um mineral importante para todas a funções vitais dentro do nosso organismo e não somente para osteoporose.
Porém, a formação da massa óssea não depende de um só mineral. Há muitos outros nutrientes que agem em conjunto com o cálcio, entre eles vitaminas, minerais e aminoácidos.
Dentre estes nutrientes acima citados, pode-se exemplificar a Vitamina D, sem ela não é possível a absorção do cálcio.
Para termos vitamina D de forma adequada precisamos do magnésio, que é um mineral necessário para centenas de reações dentro do nosso organismo, entre elas, converter a vitamina D3 à sua forma ativa.
Dentro de uma alimentação adequada há de haver um equilíbrio entre cálcio e magnésio. Portanto, não basta ter cálcio, tem que ter magnésio. Não adianta ter alimentos enriquecidos, nem tão pouco suplementos de cálcio se não tiver magnésio, pois o problema pode continuar e, pior ainda, o excesso deste mineral pode acarretar problemas de microcalcificação no organismo, tornando-se fator de risco para outras doenças.
Para que os nutrientes contidos na sua dieta sejam bem absorvidos é importante ter uma boa saúde intestinal, e esta, por sua vez, depende da sua alimentação.
O diagnóstico e tratamento da osteoporose são conduzidos pelo médico e visa impedir o agravamento da mesma, controlar a dor, retardar ou interromper a perda de massa óssea e prevenir fraturas. Uma alimentação personalizada deve ficar a cargo de um nutricionista.
É importante lembrar que, a solução para uma longevidade saudável com redução dos problemas por ela acometidos é ter boa qualidade de vida, incluindo atividade física, banho de sol diário e hidratação na medida certa, alimentação equilibrada e variada, com mais alimentos naturais, preparados de forma simples, evitando os alimentos ultraprocessados e aditivos químicos e respeitando a individualidade de cada ser.
Alimentos ricos em cálcio:
Couve, rúcula, agrião, brócolis, almeirão, espinafre, radicchio e outros e vegetais folhosos verde-escuros; leguminosas como feijões, ervilha, lentilha, grão-de-bico e outros; leguminosas como castanha-do-brasil, castanha-do-caju, nozes, macadâmia e outras; além das sementes de girassol, de gergelim e de abóbora.